O “G” de ESG está por último, mas não é o menos importante. Muito pelo contrário! Atualmente governança corporativa tornou-se uma obrigação para as empresas que querem atender as expectativas do mercado e seguir a tendência Environmental, Social e Governance. Em português, Ambiental, Social e Governança Corporativa.
Segundo pesquisa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), 9 em cada 10 empresas abertas atribuem aos investimentos em governança, o amadurecimento da organização e um melhor posicionamento no mercado.
Ou seja, para essas empresas que têm ações negociadas em bolsa, e divulgam esses informes de governança corporativa, aplicar as boas práticas é essencial. Não só pelo amadurecimento da instituição, mas também pela definição de condutas mais assertivas.
Além disso, os profissionais acreditam que o processo de preenchimento dos relatórios financeiros públicos também favorece a aprendizagem. Portanto, abaixo, explicamos melhor sobre governança corporativa.
O que é governança corporativa?
Trata-se de um sistema criado para dirigir, monitorar e incentivar as empresas, de modo que envolva os órgãos de fiscalização e controle, relacionamento entre todos os sócios, investidores, conselho de administração, diretoria e todas as partes interessadas.
Assim, segundo o IBGC, as boas práticas de governança convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando dessa forma, interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando desse modo seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.
Em suma, o conceito de Corporate Governance consiste em um grupo de ações que fortalecem a empresa, alinhando os interesses de todos os envolvidos internos e externos.
Princípios da governança corporativa
Para promover e ajudar no processo dessas boas práticas de governança corporativa, o IBGC aponta 4 princípios. De modo que são eles:
Transparência
Em síntese, é sobre a entrega frequente de informações da empresa aos stakeholders. Logo, é necessário disponibilizar dados obrigatórios por regulamentos e leis, além de outros materiais de interesse direto aos envolvidos.
Assim, são exemplos: informes financeiros, materiais relacionados à gestão corporativa do negócio, tomadas de decisão, entre outros assuntos que visam à preservação dos valores da companhia.
Equidade
A princípio, aborda o tratamento justo e isonômico de todas as partes interessadas dentro da empresa.
Ou seja, todos os envolvidos devem ser tratados de forma igual, independentemente do cargo ou posição, considerando seus direitos, deveres, interesses, expectativas e necessidades.
Prestação de contas (accountability)
Inicialmente, os responsáveis da empresa devem prestar contas com regularidade, de forma transparente, objetiva, concisa e compreensiva sobre todos os movimentos econômico-financeiros.
Responsabilidade corporativa
Acima de tudo, os agentes de governança precisam zelar pelo sistema e ambiente da organização.
Dessa forma, é essencial preservar o capital intelectual, financeiro, social, manufaturado, reputacional, humano, ambiental e social no curto, médio e longo prazos.
Como implementar a governança corporativa
Agora que você já entendeu os princípios da governança corporativa, veja a seguir como implantar na sua empresa e, com isso, deixá-la em um formato mais atrativo para investidores, parceiros e clientes.
1° passo: reforce a hierarquia
Como falamos acima sobre o princípio “Equidade”, é essencial que todas as áreas se comuniquem e atuem com um mesmo objetivo.
Portanto, para te ajudar, crie um organograma e inclua esse documento na integração dos novos funcionários. E, seguida, sempre que houver alterações, divulgue a todos.
2° passo: crie um Conselho Administrativo
Como o próprio Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), diz: “o Conselho de Administração é o órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico. De modo que, ele exerce o papel de guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização, sendo seu principal componente.”
Assim, é importante que a empresa tenha alguns conselheiros eleitos pelos sócios. E que eles tenham diferentes perfis para garantir pluralidade na comunicação.
3° passo: adote gestão de riscos e controles internos
Esse é um passo que deve ser feito com frequência pela empresa: analisar os riscos financeiros, operacionais, de reputação, ambientais, relacionados ao setor e legais. Portanto, cabe à diretoria fazer essa análise e desenvolver uma estrutura e responsabilidades para gerenciar esses riscos.
Contudo, os controles internos, ou seja, o conjunto de procedimentos e métodos que garantem a eficácia das operações, são implementados pelo Conselho de Administração ou pela diretoria para que a empresa aja em conformidade com as leis e regulamentos, com confiabilidade e transparência nos relatórios financeiros.
4° passo: crie processos e padrões
Organizar os processos ajuda a definir responsabilidades, assim como controles internos e padrões de trabalho consistentes.
5° passo: realize reuniões de acompanhamento
Implantar as boas práticas de Governança Corporativa é, basicamente, acompanhar projetos e indicadores, traçar planos de ação e observar a evolução da empresa. Para isso, é muito importante investir em reuniões periódicas entre sócios, diretores e Conselho Administrativo.
5 boas práticas de governança corporativa
Confira algumas boas práticas de governança corporativa que você pode começar a aplicar em sua empresa.
1. Tomada de decisão
A governança corporativa propõe que as decisões sejam tomadas de acordo com a missão, visão e valores da empresa, preservando sempre os interesses a longo prazo.
2. Liderança e cultura
As lideranças são responsáveis por lapidar a cultura interna e a identidade da organização.
3. Transparência
A transparência é a base de todas as boas práticas de governança corporativa. De modo que é preciso muita atenção na hora de preencher os informes para colaboradores e parceiros de negócios. Dessa forma, essas informações serão repassadas ao mercado e aos acionistas, tanto as que são exigidas por lei quanto as que são interessantes para o negócio, para eventuais investimentos.
4. Sistemas de Compliance
As boas práticas de governança corporativa promovem e amadurecem, seguramente, o sistema de compliance da organização. Ou seja, o sistema de gestão corporativa interna pretende manter a integridade de uma organização, empresa ou instituição, no que diz respeito à sua missão, à sua reputação, à continuidade da operação e à preservação do seu patrimônio.
5. Evitar riscos
É muito importante saber identificar, avaliar e gerenciar os riscos da empresa com o auxílio de sistemas de controles internos. De forma que, a mitigação de riscos pode ser alcançada com o uso de softwares de gestão corporativa e outras ferramentas que permitam mapear processos e ter um maior controle da rotina empresarial.
Deu pra entender o quanto a governança corporativa é importante em uma organização, certo? Ainda mais que ela permite que o negócio atinja seus objetivos, tome decisões formais, controle os riscos e garanta a conformidade.
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